A Esquizoanálise ou Pragmática Universal de
Gilles Deleuze e Félix Guattari não é escola, linha, corrente ou qualquer outro
colegiado instituído. Ela se revela um caçar de linhas de fuga, privilegiando a
potência inventiva que não está no sujeito, no objeto, nas ideias, nas coisas,
e sim no entre.
Percebemos o inconsciente como maquínico. Mas o que isso quer dizer? Que ele é, que (nós) somos produtores. Como
combustível? O nosso desejo, não o desejo inalcançável e faltante, mas aquele
que nos impulsiona, o que nos move e nos faz produzir seres de nós mesmos,
seres do devir, no entre dos encontros.
No campo clínico não é a clínica da palavra, das
respostas ou da razão. É a klínica do corpo, das sensações, do incômodo. Para
tanto, nos propomos a deixar tudo à flor da pele, experimentar a desrazão. E
para viver esse fazer/saber esquizoanalítico nos utilizamos do Esquizodrama de
Gregório Baremblitt. Um experimento nos corpos que trate de “raspar”, de
provocar as bases do que já está instituído, de intensificar e deflagrar os
pontos de singularidade dos participantes e dos movimentos do grupo, à caça de
proliferar as diversidades, as multiplicidades e conhecer os diversos elementos
de singularidade e assumi-los nos campos ético e estético do cotidiano.
Assim, nossa proposta é de liberdade. Tirá-los da
“normose”. Lembrando que não há receitas, apenas uma cartografia, um desenho de
linhas no espaço sócio-histórico. Propomos aqui uma linha de fuga, de ideias
roubadas, apenas buscando ser útil para a produção de vida de cada um de nós.
Todo mundo morreu... E nasceu de novo na vivência de esquizoanálise essa quinta-feira, 16 de maio.
Agradecemos imensamente às psicólogas Cláudia Regina de Carvalho Sousa e Thalita de Almeida Queiroz por nos proporcionarem essa experiência!
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